Conheça as 11 engenharias do futuro
Descubra algumas das áreas da Engenharia mais bem pagas e promissoras

Processos e tecnologias sofrem mudanças constantemente. Essas alterações já são parte do cotidiano, com novos produtos e tendências surgindo. As profissões, é claro, não ficam de fora dessa evolução. Nesse contexto, a Engenharia é uma das áreas que têm apresentado novas tendências e possibilidades com frequência. 

Conforme o mundo muda e evolui, a Engenharia não somente acompanha esse processo, como o torna possível e mais eficaz. Por isso, não há dúvidas de que a Engenharia será uma área ainda mais crucial nos próximos anos. 

Algumas áreas já estão em pleno crescimento e prometem evoluir ainda mais. Quer saber quais são as 11 engenharias mais promissoras e importantes no futuro? Confira nesse artigo:


1. Engenharia Clínica 

engenheiro clínico é um profissional que assume cada vez mais importância. A necessidade de uma pessoa capacitada e preparada para administrar o parque tecnológico de uma instituição de saúde, adquirir equipamentos médicos, usar de forma segura os materiais e ainda gerenciar as manutenções necessárias deixou de ser um diferencial na área hospitalar e se tornou uma necessidade. 

A pandemia do novo coronavírus mostrou a importância da gestão eficiente de um hospital no cuidado ao paciente, e é o engenheiro hospitalar que exerce papel fundamental nessa missão. Por isso, além do crescimento de oportunidades na área, a regulamentação da profissão também tem sido colocada em pauta recentemente. 



PL 3.468/2020, inclusive, prevê que o exercício da profissão — assegurado aos profissionais da Engenharia, conforme a Lei 5.194/1966, com registro no Conselho Regional de Engenharia — deverá depender de pelo menos uma de três condições: ter mestrado ou doutorado em Engenharia Clínica; ter pós-graduação reconhecida que tenha linha de pesquisa dedicada à Engenharia Clínica; ou, mesmo com diploma em outras áreas, atuar comprovadamente por mais de 5 anos em atividades inerentes à profissão de engenheiro clínico.

O mercado segue promissor para a Engenharia Clínica, e vai exigir profissionais qualificados. 


2. Engenharia de Energia

Não é segredo que, atualmente, a humanidade consome uma quantidade expressiva de energia elétrica para manter computadores, celulares, tecnologias e metrópoles altamente conectadas funcionando. Somado a isso, o esgotamento das fontes de energia fósseis, como petróleo, carvão e gás natural requer a adoção de outras fontes energéticas. 

Por esse motivo, o crescimento do setor energético abre muitas possibilidades de atuação. A energia fotovoltaica desponta como um setor promissor, que vai precisar de mão de obra. De acordo com o relatório Renewables 2019 da Agência Internacional de Energia (AIE), a geração distribuída a partir de fonte solar fotovoltaica deve dobrar de capacidade até 2024, representando quase metade de todo o crescimento da capacidade de fornecimento de fonte solar fotovoltaica no planeta. 

Além disso, o mercado de outras fontes de energia renováveis segue expansão, como é o caso da energia eólica: de acordo com a Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), já é a segunda principal fonte da matriz energética brasileira.


3. Engenharia de Segurança do Trabalho

Segurança do Trabalho tem sido reforçada como fundamental para o bom funcionamento de uma empresa. Acontecimentos recentes escancararam a importância de ter essa área bem estruturada: o rompimento da barragem de Brumadinho em 2019, por exemplo, se tornou o maior acidente de trabalho registrado no Brasil , e fez muitas organizações repensarem a importância da segurança como um pilar. 

Por isso, a atuação do engenheiro de segurança do trabalho têm sido cada vez mais reconhecida. Um profissional capaz de criar projetos de prevenção a acidentes, analisar as condições de segurança e fazer as avaliações ambientais e de segurança será muito requisitado em um contexto onde empresas passam a valorizar mais as condições ideais de trabalho. 

Por isso, a especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho se tornou a escolha nº 1 de muitos profissionais: uma das grandes vantagens é que se trata de um dos únicos cursos que geram atribuição, de acordo com o CREA/CONFEA. 


4. Desenvolvimento e coordenação de projetos em BIM

O BIM (Building Information Modelling) surgiu como uma evolução na forma de realizar obras. Os projetos em BIM mobilizam uma variedade extensa de materiais, serviços e demais providências para que sua execução aconteça da forma mais eficiente possível, considerando cada uma das etapas que compõem um projeto.

O BIM é tão importante, que sua utilização será obrigatória em todos os órgãos governamentais na execução de projetos e construções brasileiras. O BIM é um modelo virtual de projetos para a construção civil, usado por arquitetos e engenheiros no mundo todo. Esse decreto foi assinado em 2018 e terá sua aplicação iniciada aqui no país em 2021.

Já deu pra entender que o BIM já não é mais um diferencial, mas sim uma obrigação, né? O profissional que não souber utilizar a ferramenta corre o risco de ficar pra trás. Então, é interessante buscar não somente a compreensão de como o BIM funciona, mas a qualificação para utilizá-lo. 


5. Engenharia geotécnica 

A área geotécnica é extremamente importante para qualquer obra ou projeto, garantindo a segurança de um aspecto base para o bom andamento: o solo. Além disso, a engenharia geotécnica está em ascensão conforme a necessidade de profissionais qualificados aumenta. O setor de mineração, por exemplo, expande a demanda por engenheiros geotécnicos, devido a necessidade de conformidade às exigências em fiscalização. Segundo relatório da Agência Nacional das Águas (ANA), o Brasil possui mais de 24 mil barragens atualmente e apenas 780 delas foram auditadas ou fiscalizadas.

Rompimentos de barragens como as de Mariana e Brumadinho acenderam um alerta, e agora as empresas buscam garantir a segurança das estruturas e das comunidades em volta. É aí que o engenheiro geotécnico se faz essencial. Mineradoras buscam um profissional capaz de realizar projetos, procedimentos construtivos, gestão e monitoramento de barragens e pilhas de estéril, apto a desempenhar a avaliação e gestão de riscos e analisar problemas para elaboração e implementação de soluções de segurança de barragens, segundo a Política Nacional de Segurança de Barragens e a fiscalização e gestão de risco e de gestão do SNISB, definido na Lei No 12.334/2010.


6. Engenharia Ferroviária

Ao contrário do que muitos pensam, a malha ferroviária brasileira tende a crescer consideravelmente. Os investimentos nas ferrovias têm como objetivo tirar caminhões das rodovias e diminuir o custo do frete, além de garantir uma alternativa logística com maior potencial para o escoamento da produção brasileira. De acordo com o ministro da Infraestrutura Tarcísio Freitas, a participação das ferrovias na matriz do transporte brasileiro deve passar dos 15% para 30% em seis anos.



Por isso, a demanda por profissionais aptos a atuar no gerenciamento de projetos, gerenciamento das operações de carga, manutenção de ferrovias, planejamento, execução e fiscalização de linhas férreas tende a aumentar consideravelmente. O governador do estado de São Paulo anunciou este ano investimentos de R$ 6 bilhões na malha ferroviária do Estado. Os recursos serão da empresa Rumo Logística e foram inseridos, segundo Doria, no programa de retomada econômica 2021/2022. Além dos recursos, a mão de obra qualificada será crucial no processo de ampliação e desenvolvimento da malha ferroviária. 

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7. Engenharia Rodoviária

As rodovias brasileiras representam papel importantíssimo no escoamento da produção, fator essencial para o crescimento social e econômico do país. Por isso, a construção de novas rodovias e elaboração de projetos de revitalização têm aumentado. 

Os investimentos na malha rodoviária são notáveis: a Empresa de Planejamento e Logística (EPL) publicou um edital para contratação de serviços técnicos para auxiliar a estruturação da concessão de 4,2 mil quilômetros de rodovias federais. O Governo de Mato Grosso realizou o segundo maior leilão de rodovias do Brasil com contratos de quase R$ 6 bilhões. 

Portanto, a Engenharia Rodoviária é uma área para quem deseja se aventurar em um setor em amplo crescimento, com futuro promissor para os próximos anos. 


8. Especialização em Infraestrutura de Transportes

Já deu pra entender que a infraestrutura de transportes passará por crescimentos expressivos nos próximos anos. Por isso, um profissional com visão abrangente sobre a malha de transportes, capaz de gerenciar projetos em várias áreas, será um profissional valioso para o mercado. Conforme investimentos na área de transporte crescem, a necessidade desse profissional também aumenta! 

O Ministério da Infraestrutura planeja entregar em 2021 uma revisão do PNL que trará cenários revisados até 2035. Costa prometeu que o governo entregará, antes do fim do atual mandato, as metas de evolução do setor até 2050.


9. Engenharia da Produção, Qualidade e Supply Chain 

Conforme surgem novas tendências no que tange a gestão de uma empresa e suas várias áreas, as organizações buscam se adaptar a esses modelos, e garantir uma gestão eficaz e assertiva. Na engenharia, isso não foi diferente: a área de supply chain, processo logístico da empresa que vai desde a fabricação até o venda do produto para o consumidor final, passou a ser desenvolvida e cada vez mais valorizada. Não é a toa que o gerente de supply chain está listado como uma das profissões mais promissoras em 2021. 

Ter um profissional com visão abrangente, capaz de compreender todo o processo de produção e garantir a qualidade do produto final se tornou um pilar organizacional importantíssimo. Por isso, os conhecimentos em produção, qualidade e supply chain são diferenciais de peso para alcançar cargos de gerência. 

10. Engenharia de Estruturas 

O engenheiro de estruturas é um profissional que tem sido cada vez mais valorizado. A importância das estruturas básicas dos projetos é parte crucial de qualquer obra, e, por isso, profissionais especializados em estruturas terão um grande diferencial competitivo no mercado de trabalho. 

Já existem projetos e regulamentações que podem exigir que determinadas obras e projetos devam ser assinadas somente por um engenheiro de estruturas. A fim de evitar tragédias como desabamentos de viadutos, pontes e prédios, ocorrências que têm sido frequentes no país, a Engenharia de Estruturas promete desempenhar papel fundamental nos próximos anos. 


11. Auditoria, Avaliações, Patologias e Perícias em Arquitetura e Engenharia 

A Perícia em uma área promissora. A situação atual do país é propícia à geração cada vez maior de demandas em perícia, seja no campo da iniciativa privada, ou no âmbito do judiciário. A entrada em vigor da Norma de Desempenho da ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas e das legislações municipais e federal que preveem a obrigatoriedade da Inspeção Predial, fazem com que a chamada Engenharia Legal esteja em plena ascensão, principalmente nos casos que envolvem o judiciário.

Engenharias do futuro

Como podemos ver, a Engenharia promete desempenhar papel fundamental em diversos segmentos. Essas 11 áreas vão passar por crescimentos expressivos, e serão pilares para o mundo 4.0. No Brasil, a tendência é que essa expansão seja muito significativa!

Cada vez mais, as empresas buscam por profissionais completos, com visão abrangente. Isso inclui não somente conhecimentos técnicos, mas também habilidades e competências socioemocionais. O engenheiro do futuro precisa saber se comunicar e trabalhar em equipe.

Se você quer fazer parte desse crescimento e evoluir junto com a Engenharia, é hora de se aventurar e apostar em uma especialização!

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