O Metaverso na Engenharia Clínica

O metaverso é uma terminologia usada para indicar um tipo de mundo virtual que tenta replicar a realidade através de dispositivos digitais. Neste mundo, os objetos passam a concentrar todos os seus metadados em um local só, tais como histórico, informações em tempo real e modelo de funcionamento, passando a ser chamados de gêmeos digitais. Em outras palavras, o gêmeo digital é uma representação virtual de um processo ou objeto físico. 

Apesar do nome metaverso ter sido cunhado pela primeira vez no livro nevasca de Neal Stephenson, em 1992, seu nome só veio à tona recentemente, graças à empresa Meta, de Mark Zuckerberg, cujo uso está mais alocado para o entretenimento e as comunicações sociais. Outras vertentes do metaverso surgiram para usos empresariais e industriais, com foco na produtividade e no aumento de confiabilidade. Dado seu crescimento, assim como hoje é quase inconcebível para nós brasileiros encontrar alguém que não tenha Whatsapp, em breve, o mesmo acontecerá com o metaverso. Ele será não só uma forma de melhorar a comunicação, mas também uma ferramenta para tomada de decisões e aprendizado.

A curva de Gartner é usada para explicar o comportamento de novas tecnologias e pode ser aplicada para o metaverso. Na primeira fase do ciclo, acontece o surgimento da tecnologia, mas sem nada consolidado ainda. Após isso, há um pico de expectativas infladas, no qual o marketing divulga muito a inovação e todos querem adquiri-la. Então, na terceira fase, há um vale de desilusões, em que aparecem vários desafios para tornar a tecnologia acessível e para explorá-la, havendo uma grande queda das expectativas, gerando um ambiente pessimista e de muitas dúvidas em relação ao produto. Depois há um aclive de iluminação, com uma aceitação da inovação pelo mercado, um comprometimento dos fornecedores e uma evolução nas expectativas. Por fim, a tecnologia é consolidada, sua aplicabilidade se torna ampla, sua viabilidade é clara e ela é usada nos diferentes mercados de acordo com suas necessidades. Atualmente, o metaverso encontra-se na fase de aumento das expectativas, caminhando para o ápice.



Na engenharia, particularmente, existe um somatório de informações quantitativas e qualitativas que deve ser utilizado para tomadas de decisões. Para humanos, isso pode ser um volume maior do que eles conseguem processar, deixando, assim, de perceber insights que poderiam ajudar a ter melhores resultados, prevenir danos e promover melhores ambientes de trabalho. É aí que entra o metaverso, resolvendo esse problema para os engenheiros. 

Ademais, esse mundo virtual pode ajudar também na educação. Segundo a pirâmide de William Glasser, é notório que, quando utilizamos outros sentidos ou processamos informações para gerar novas, aprendemos mais e de forma mais eficiente. O metaverso nos traz exatamente isso: um ambiente virtual que possibilita às pessoas interagirem melhor com o conteúdo a ser aprendido, gerando melhores resultados.
 

Hoje, vemos pessoas aprendendo com livros, vídeos, ou mesmo em pós-graduações presenciais, onde o conceito apresentado precisa ser imaginado pelo aluno. O metaverso permite, além dos pontos anteriores, que as pessoas estejam imersas, de forma síncrona ou assíncrona, em meio àquele conteúdo, presenciando a prática até mesmo em condições difíceis de serem reproduzidas. Por isso é fácil acreditar que em um futuro próximo nós teremos formações práticas dentro do metaverso.
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A tendência da desospitalização
Devido à pandemia, pôde-se notar que o atendimento domiciliar começou a ser mais procurado pelas famílias. Graças à evolução da tecnologia, isso pode ser realizado cada vez com mais eficiência e melhores condições.